Regionalização: Presidente da
República defende que o debate “não pode esperar”
Num discurso feito em São Vicente,
aquando das celebrações da Independência Nacional, o presidente da República,
Jorge Carlos Fonseca, apontou que o debate sobre a regionalização “não pode
esperar muito mais tempo” e que se deve “inclusivamente” aproveitar a
circunstância de “previsivelmente” não haver eleições nos próximos tempos.
Na ocasião, o mais alto Magistrado
da Nação cabo-verdiana, reforçou que “o debate franco, sem fantasmas,
autenticamente democrático sobre a descentralização e a regionalização deve ter
lugar, devendo a ilha de São Vicente, seus responsáveis, instâncias sociais e
cidadãos estar na linha da frente”.
Ainda que tenha sido uma cerimónia
alusiva ao 38º aniversário da Independência Nacional, boa parte da comunicação
do chefe de Estado foi direcionada aos problemas vividos pela ilha, em que
afiançou que a busca de modelos de desenvolvimento que permitam o crescimento
económico sustentável de São Vicente e oportunidades para a juventude “faz e
fará” parte da sua “agenda permanente”.
Ciente das dificuldades por que
passam “muitas famílias”, dos “graves problemas” enfrentados pelos jovens e das
“grandes limitações” das atividades económicas e suas consequências sociais,
Jorge Carlos Fonseca aposta na “criatividade, espírito de iniciativa e sentido
de responsabilidade” dos cidadãos e responsáveis mindelense para um “diálogo
produtivo” entre os parceiros “com máxima urgência”.
“É necessário que medidas céleres
sejam adotadas para minimizar o sofrimento dos mais vulneráveis enquanto as
medidas de fundo não dão os frutos desejados”, considerou.
O chefe de Estado mostrou-se
ciente de que “os eleitos municipais e nacionais de São Vicente, as diferentes
forças políticas, os grupos económicos da ilha e as personalidades desta terra,
juntarão esforços para dinamizar e potenciar o máximo possível as características
e especificidades desta ilha e traçar caminhos capazes de impulsionar e
sustentar a economia desta ilha e desta região do país”.
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