Autarcas PS do distrito de Beja acusam Governo de “virar costas” à região
Os presidentes das câmaras PS do distrito de Beja acusaram hoje o Governo de "virar as costas" ao desenvolvimento da região e rejeitaram as propostas do relatório sobre infraestruturas de elevado valor acrescentado.
Num comunicado enviado à agência Lusa, os autarcas socialistas de Aljustrel, Almodôvar, Ferreira do Alentejo, Mértola, Ourique e Odemira referem que analisaram o relatório e concluíram que "as opções deste Governo continuam a ser marcadas pelo ´virar de costas` ao desenvolvimento da região".
"Perante o cenário contínuo de ostracização das infraestruturas e potencialidades" do distrito de Beja, os autarcas "rejeitam veementemente as propostas do relatório", porque "apontam o ´remendar´ de obras estruturantes para a região, condenando ao abandono" a construção da A26, entre Sines e Beja.
Os autarcas consideram "inaceitável a não conclusão" da A26, "obra abandonada há vários meses" e que iria ligar Sines e Beja à A2, "incrementando alguns dos maiores investimentos estruturantes do país", como o Porto de Sines e o aeroporto de Beja e "contribuindo decisivamente para a internacionalização da economia da região com o reforço da ligação a Espanha".
"Fora dos planos do Governo e sem qualquer referência no relatório" estão os troços do IC27 entre Alcoutim e Beja e do IC4 entre Lagos e Sines, vias "absolutamente estruturantes no desenvolvimento turístico, agroalimentar e na internacionalização económica da região", lamentam.
Os autarcas defendem que a conclusão das intervenções previstas no Plano Rodoviário Nacional para o distrito de Beja é "vital" para o crescimento económico e o desenvolvimento sustentável da região, onde há "um claro défice de vias estruturantes nas ligações entre os centros produtores, os maiores centros urbanos e os grandes eixos rodoviários do país".
Por outro lado, os autarcas frisam que na região há "grandes investimentos privados nos domínios industriais (Sines, Castro Verde e Aljustrel) e agroalimentar e turístico (Alqueva e Mira)" e exporta-se "dezenas de milhões de euros de produção nacional e de produtos de valor acrescentado".
Os autarcas PS consideram também "inaceitável" a pretensão do Governo de limitar o acesso das autarquias a fundos nacionais e comunitários "essenciais para desenvolver e requalificar vias e infraestruturas em benefício das populações, do desenvolvimento económico e da coesão territorial".
O grupo de trabalho para as infraestruturas de elevado valor acrescentado apresentou ao Governo, no final de janeiro, um relatório em que define 30 projetos prioritários de obras públicas até 2020, num investimento total de 5.103.8 milhões de euros.
Para o distrito de Beja, o relatório, no setor rodoviário, em alternativa à A26 até Beja, propõe a conclusão da requalificação do troço Santa Margarida do Sado/Beja do IP8 após 2016 e antes do fim do Quadro Comunitário de Apoio (QCA) para 2014/2020.
No setor ferroviário, o relatório propõe a conclusão da eletrificação do troço Casa Branca/Beja, da Linha do Alentejo, após o QCA, e do troço entre Ourique e as minas de Neves Corvo, da Linha do Sul, após 2016 e antes do fim do QCA.
No setor aeroportuário, o relativo indica recomendações para se ultrapassar "a falta de dinamização comercial" do aeroporto de Beja.
@Lusa
Os presidentes das câmaras PS do distrito de Beja acusaram hoje o Governo de "virar as costas" ao desenvolvimento da região e rejeitaram as propostas do relatório sobre infraestruturas de elevado valor acrescentado.
Num comunicado enviado à agência Lusa, os autarcas socialistas de Aljustrel, Almodôvar, Ferreira do Alentejo, Mértola, Ourique e Odemira referem que analisaram o relatório e concluíram que "as opções deste Governo continuam a ser marcadas pelo ´virar de costas` ao desenvolvimento da região".
"Perante o cenário contínuo de ostracização das infraestruturas e potencialidades" do distrito de Beja, os autarcas "rejeitam veementemente as propostas do relatório", porque "apontam o ´remendar´ de obras estruturantes para a região, condenando ao abandono" a construção da A26, entre Sines e Beja.
Os autarcas consideram "inaceitável a não conclusão" da A26, "obra abandonada há vários meses" e que iria ligar Sines e Beja à A2, "incrementando alguns dos maiores investimentos estruturantes do país", como o Porto de Sines e o aeroporto de Beja e "contribuindo decisivamente para a internacionalização da economia da região com o reforço da ligação a Espanha".
"Fora dos planos do Governo e sem qualquer referência no relatório" estão os troços do IC27 entre Alcoutim e Beja e do IC4 entre Lagos e Sines, vias "absolutamente estruturantes no desenvolvimento turístico, agroalimentar e na internacionalização económica da região", lamentam.
Os autarcas defendem que a conclusão das intervenções previstas no Plano Rodoviário Nacional para o distrito de Beja é "vital" para o crescimento económico e o desenvolvimento sustentável da região, onde há "um claro défice de vias estruturantes nas ligações entre os centros produtores, os maiores centros urbanos e os grandes eixos rodoviários do país".
Por outro lado, os autarcas frisam que na região há "grandes investimentos privados nos domínios industriais (Sines, Castro Verde e Aljustrel) e agroalimentar e turístico (Alqueva e Mira)" e exporta-se "dezenas de milhões de euros de produção nacional e de produtos de valor acrescentado".
Os autarcas PS consideram também "inaceitável" a pretensão do Governo de limitar o acesso das autarquias a fundos nacionais e comunitários "essenciais para desenvolver e requalificar vias e infraestruturas em benefício das populações, do desenvolvimento económico e da coesão territorial".
O grupo de trabalho para as infraestruturas de elevado valor acrescentado apresentou ao Governo, no final de janeiro, um relatório em que define 30 projetos prioritários de obras públicas até 2020, num investimento total de 5.103.8 milhões de euros.
Para o distrito de Beja, o relatório, no setor rodoviário, em alternativa à A26 até Beja, propõe a conclusão da requalificação do troço Santa Margarida do Sado/Beja do IP8 após 2016 e antes do fim do Quadro Comunitário de Apoio (QCA) para 2014/2020.
No setor ferroviário, o relatório propõe a conclusão da eletrificação do troço Casa Branca/Beja, da Linha do Alentejo, após o QCA, e do troço entre Ourique e as minas de Neves Corvo, da Linha do Sul, após 2016 e antes do fim do QCA.
No setor aeroportuário, o relativo indica recomendações para se ultrapassar "a falta de dinamização comercial" do aeroporto de Beja.
@Lusa
Comentários
o aeroporto do porto faz isso e manda gente para braga douro e coimbra.... e estes nao exigem aeroportos!
O modelo de regionalização que defendo dá autonomia às regiões para decidirem o que é melhor para elas e isto aplica-se também às suas infraestruturas. O facto de haver muitas autoestradas espalhadas pelo país 'às moscas' não quer dizer que naquele caso concreto (alto alentejo) até sejam necessárias.
Seja como for a autonomia financeira das regiões tem que ser muito bem definida (juridicamente) por forma a não ser possível níveis de endividamento incomportáveis. Os tempos do endividamento ilimitado 'já era'.
Cumprimentos,
e isso da autonomia finaceira claro que tem de ser bem gerido e tem que haver legislacao apertada e mais consulta popular!!