BRAGA: CAPITAL DO TURISMO RELIGIOSO


Braga e a adesão à TUREL

Braga é sem dúvida a Capital nacional do turismo religioso. Com um espólio monumental e cultural ímpar a cidade dos Arcebispos tem todas as condições para se demarcar não apenas pela qualidade mas também por uma dinâmica e ambiente distinto de qualquer cidade portuguesa.

A Cooperativa para o Desenvolvimento e Promoção do Turismo Cultural e Religioso (TUREL), nascida em Braga, tem uma intervenção reconhecidamente meritória no âmbito e nos resultados relacionados com o turismo religioso, que é uma matéria muito relevante para a cidade. A formalização da adesão da Câmara Municipal de Braga significa um novo olhar sobre a gestão do nosso território e de todo o seu potencial.

A História de Braga confunde-se inevitavelmente com a história da Igreja. Desde cedo, Bracara Augusta, passou a afirmar-se como centro importante da Igreja. Exemplo disso é a realização do concílio de Braga, tendo sido presidido por São Martinho de Dume, bispo titular de Bracara. Deste concílio resultaram grandes reformas, principalmente no mundo eclesiástico e linguístico, destacando-se a criação do ritual bracarense e a abolição de elementos linguísticos pagãos.

Com a invasão dos Mouros a cidade sofre uma destruição considerável, tendo mesmo perdido a importância estratégica que até então tinha conquistado. Contudo, com o Bispo D. Pedro de Braga, volta-se a reorganizar, nomeadamente com a construção da muralha citadina e da Sé.

Mais tarde, no séc. XII D. Teresa e D. Henrique de Borgonha, Conde de Portugal, doam a cidade aos Arcebispos. Com a elevação do bispado bracarense a arcebispado, a cidade readquire uma enorme importância a nível Ibérico. Esta reconquista hegemónica de Braga permitiu mais tarde o apoio claro a D. Afonso Henriques para a instituição de Portugal enquanto país, pondo mesmo em Braga a responsabilidade da fundação da nossa nação.

A modificação profunda da cidade surge com um Arcebispo, D. Diogo de Sousa, no séc. XVI, a onde foram introduzidas praças, ruas, novos edifícios e onde pela primeira vez se nota o crescimento para além do perímetro muralhado. Entre este período e o séc. XVIII, Braga afasta-se da traça medievalista dando lugar a uma arquitectura religiosa da época.

Ainda no séc. XIII seria fixado em Braga o ex-Libris do Barroco rococó em Portugal com André Soares. Das suas obras podemos destacar a Capela de Santa Maria Madalena da Falperra, o edifício da Câmara Municipal de Braga, o Palácio do Raio, a Igreja dos Congregados ou o Arco da Porta Nova. 

Também não menos importante, surge no final do século, Carlos Amarante, que deixaria uma obra notável com várias edificações neoclássicas como o caso da Igreja do Pópulo, a Igreja do Hospital e o majestoso edificado do Bom Jesus agora candidato a Património Mundial da Humanidade.


Como podemos perceber somos possuidores de um valor religioso único e que tem de ser promovido vendo com este novo contexto de adesão à Turel mais uma oportunidade estratégica para colocar Braga na senda do turismo religioso.

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