É esta a nova marca PORTO.
Moderna, apelativa, bonita, azul (como os nossos azulejos).
Porto. (ponto), diz tudo, ou quase tudo.
O Porto, é o Porto, ponto final, e chega!
Num simples ponto cabe quase tudo o que nós somos.
Na imagem, aparece quase tudo o que nós temos e quase tudo o que podemos oferecer a quem cá vive e a quem nos visita.
Das francesinhas aos eléctricos, das pontes ao vinho do Porto, da Casa da Música ao Mercado do Bolhão, do casario do centro histórico à Sé, do São João…
Lamentavelmente falta lá o Dragão da Cidade.
Não, não é o do clube, é o de D. Pedro IV, é o da nossa bandeira e o do nosso Brasão de Armas, que em 25 de Abril de 1940, através de uma Portaria, nos foi roubado pelo Ministro do Interior do governo da altura.
Nunca mais voltou.
Há setenta e quatro anos e meio que não aparece um qualquer governante, com “os ditos no sítio” (como se diz aqui na minha terra), e lute para que a nossa bandeira e o nosso brasão voltem a ostentar o Dragão. E, agora que dizem que vivemos em liberdade há já quarenta anos, parece inconcebível que ninguém se importe.
Pois bem, importo-me eu!
O Brasão foi-nos “dado” pela Raínha D. Maria II, em nome de seu pai, D. Pedro IV, em 1837, juntamente com o título de Cidade Invicta, títulos que a Rainha, a par de uma condecoração, a da Ordem de Torre e Espada dada a todos os habitantes da cidade, nos atribuiu pelos feitos valerosos dos nossos habitantes, durante as lutas liberais, e em especial na altura do Cerco do Porto.
Nunca deveria ter desaparecido.
Na apresentação da nova marca da cidade, foi instalado um painel com várias quadrículas vazias, a par de tantas outras cheias, para que qualquer pessoa pudesse inscrever ali um novo símbolo.
A equipa do designer Eduardo Aires construiu assim “um Porto feito à medida de cada um” e que “pode ainda ser moldado”. Não tendo eu qualquer jeito para o desenho, aqui deixo uma achega para que, quem o tenha, o faça.
Terá alguém, engenho, arte, e amor à sua cidade, na medida suficiente para lá desenhar o nosso símbolo?
Será, dessa forma, dado o primeiro passo para a reposição da legalidade.
Está na altura de os nossos governantes recolocarem o nosso Dragão nos locais de onde nunca deveria ter saído, na nossa Bandeira e no nosso Brasão de Armas.
Somos a Cidade do Dragão!
Temos História e orgulhamo-nos dela!
@ José Magalhães "Uma Carta do Porto"
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