Pode não ser, mas parece. Andamos há quase quarenta anos a
reclamar uma regionalização que está constitucionalmente prevista desde 1976,
passámos por um referendo de triste memória em 1998 e somos governados por alguém
que prometeu em 2010 remover o travão da instituição simultânea.
A unanimidade reina em torno da necessidade de
aprofundamento da descentralização administrativa, os municípios e as
freguesias reclamam mais competências, acompanhadas de respetivo envelope
financeiro.
As comunidades intermunicipais sobrevivem num espaço de
indefinição sobre o seu futuro, com um pacote de atribuições parco face às suas
potencialidades.
Está a aproximar-se o tempo das decisões e a reflexão é
sempre útil...
Comentários
Todavia, vemos o emblema partidário e percebemos tudo: na oposição são todos pró-regionalização, contra o fascismo da capital, no poder, sofrem de uma amnésia colectiva e "mamam" das delícias da corte, ficando ofuscados pelo brilho dos candeeiros dos palácios lisboetas. Que raio de sorte ter nascido no Porto, ser um fanátio da independência e da portugalidade contra os biltres do "estado novo" que nunca mais acaba...