(23/Nov/2015)
Franceses
da Vinci interessados nos terrenos da TAP no aeroporto de Lisboa
- A gestora dos aeroportos nacionais está entre os interessados em ficar com o 'reduto TAP' e já existiram contactos entre a companhia aérea e a ANA.
- Entre as ferramentas de que vão deitar mão está a venda dos terrenos que a companhia detém à volta do aeroporto da Portela e que pertencem à empresa desde 1989, altura em que um decreto assinado por Cavaco Silva desanexou 22,45 hectares do domínio público aeroportuário para passá-los para a empresa.
- Neste espaço, que é contíguo ao aeroporto de Lisboa, está a sede da TAP, os escritórios, oficinas e instalações de apoio e que, de acordo com um relatório da Parpública de junho de 2014, valiam àquela data 146 milhões de euros.
- O espaço interessa à Vinci, a construtora francesa que detém a ANA desde dezembro de 2012, por duas razões: a primeira, porque a sua aquisição permitirá uma extensão do aeroporto da Portela, que tem sido alvo de várias renovações nos últimos anos. E, a segunda prende-se com o desinteresse da gestora em ter no meio do seu território investimentos de outras origens.
22/set/2015
O presidente da Vinci, dona da ANA –
Aeroportos de Portugal, revelou em Lisboa que iniciou discussões com o governo
português sobre a possibilidade de um novo aeroporto em Lisboa, para responder
ao aumento do tráfego aéreo de passageiros na Portela.
- As declarações do homem forte do grupo francês parecem apontar nesse sentido. “Dada a taxa de crescimento que tivemos até agora, a data em que teremos de começar a pensar sobre isso [a construção de um novo aeroporto] está provavelmente mais perto do que pensávamos antes”.
TAP
- A TAP quer ter um terminal dedicado no novo aeroporto de Lisboa para garantir um serviço de qualidade competitivo na nova infra-estrutura aeroportuária, anunciou o presidente da empresa.
- Para o gestor da companhia de aviação, a existência de um terminal dedicado 'é uma realidade em diversas geografias' e justifica-se no caso da TAP.
AEROPORTO
DO PORTO
- O Decreto-lei n.º 33/2010, publicado a 14 de Abril pelo Ministério das Obras Públicas consagrou a privatização da ANA em bloco.
- Parte das receitas de sete aeroportos nacionais, incluindo o do Porto, serviria para financiar a construção do novo aeroporto de Lisboa. É uma das principais conclusões do estudo do decreto-lei que estabelece as bases de concessão do serviço aeroportuário à ANA.
- O decreto-lei não estabelece como obrigação da concessionária o cumprimento do Plano de Expansão do Aeroporto Francisco Sá Carneiro nem o menciona, podendo este ser rejeitado pela concessionária. Essa possibilidade ganha mais força face à prioridade dada à construção do novo aeroporto de Lisboa.
- O decreto obrigava a ANA a pagar 3% das receitas das actividades reguladas de aviação, de não aviação e outras à NAER até à abertura do novo equipamento em Lisboa. Depreende-se que 1,5% das receitas a pagar à NAER se destina a custear a actividade normal de fiscalização e 1,5% a financiar o novo aeroporto de Lisboa.
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