POR UM NOVO REFERENDO À REGIONALIZAÇÃO
1- Porque não nos conformamos com um país regionalmente mais desequilibrado do que nunca, onde apenas 22 municípios, detêm 60% da população, 75% do poder de compra e 60% da riqueza nacional;
2- Porque urge contrariar o processo de desertificação acelerada que já afecta 80% do território de Portugal, antes que seja tarde demais para inverter esta tendência;
3- Porque não podemos continuar a assistir impavidamente à descoesão económica e social em curso, com a redução drástica da presença do Estado em vastas áreas das regiões rurais, interiores e fronteiriças;
4- Porque há que inverter a tendência para a extinção e a deslocalização dos centros de decisão, públicos ou privados, geradores de empregos qualificados;
5- Porque não queremos o título de campeões do centralismo, no concerto dos países europeus mais desenvolvidos;
6- Porque também em matéria de regionalização e descentralização do poder político, queremos seguir as "boas práticas" tão bem sucedidas na Europa das Regiões, e não persistir no "orgulhosamente sós" de um modelo político centralista que já provou estar desadequado às necessidades do povo português;
7- Porque defendemos uma Regionalização administrativa na base de um modelo bastante mais consensual baseado nas actuais cinco regiões-plano;
8- Porque acreditamos estarem reunidas presentemente todas as condições de maioria político-parlamentar basicamente favorável à Regionalização, bem como um ambiente político no eleitorado, substancialmente mais propício;
9- Porque já passaram 32 anos, de adiamento em adiamento, sobre uma reforma prevista na Constituição, e que continua por cumprir;
10- Porque as Regiões, sem constituírem uma solução mágica para os problemas do país, podem desempenhar um valor acrescentado estratégico, no sentido de estimular uma competitividade criativa e positiva entre os espaços regionais, em matérias como a tecnologia, a inovação, o emprego e a qualificação, para lá das competências que tradicionalmente lhe estão prometidas;
11- Porque o Referendo de 1998 rejeitou um mapa de divisão regional, mas não rejeitou a Regionalização, como conceito e modelo de descentralização político-administrativa;
12- Porque a aplicação do princípio da subsidiariedade e da responsabilização política têm obtido sucesso sempre que aplicados;
13- Porque as relações políticas e económicas com as regiões fronteiriças espanholas, exigem uma resposta política de nível regional, e não uma interlocução desequilibrada por falta de interlocutores legitimados pela vontade do eleitorado;
14- Porque acreditamos ser desejável aprofundar os horizontes do sistema democrático concretizando o nível intermédio do poder político, representado pelas autarquias regionais, em plena complementaridade e conjunção de esforços e propósitos com as autarquias locais;
15- Porque entendemos que, passados nove anos sobre a última consulta popular a este respeito, é chegada a hora de voltar a ouvir os portugueses sobre a Regionalização
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1- Porque não nos conformamos com um país regionalmente mais desequilibrado do que nunca, onde apenas 22 municípios, detêm 60% da população, 75% do poder de compra e 60% da riqueza nacional;
2- Porque urge contrariar o processo de desertificação acelerada que já afecta 80% do território de Portugal, antes que seja tarde demais para inverter esta tendência;
3- Porque não podemos continuar a assistir impavidamente à descoesão económica e social em curso, com a redução drástica da presença do Estado em vastas áreas das regiões rurais, interiores e fronteiriças;
4- Porque há que inverter a tendência para a extinção e a deslocalização dos centros de decisão, públicos ou privados, geradores de empregos qualificados;
5- Porque não queremos o título de campeões do centralismo, no concerto dos países europeus mais desenvolvidos;
6- Porque também em matéria de regionalização e descentralização do poder político, queremos seguir as "boas práticas" tão bem sucedidas na Europa das Regiões, e não persistir no "orgulhosamente sós" de um modelo político centralista que já provou estar desadequado às necessidades do povo português;
7- Porque defendemos uma Regionalização administrativa na base de um modelo bastante mais consensual baseado nas actuais cinco regiões-plano;
8- Porque acreditamos estarem reunidas presentemente todas as condições de maioria político-parlamentar basicamente favorável à Regionalização, bem como um ambiente político no eleitorado, substancialmente mais propício;
9- Porque já passaram 32 anos, de adiamento em adiamento, sobre uma reforma prevista na Constituição, e que continua por cumprir;
10- Porque as Regiões, sem constituírem uma solução mágica para os problemas do país, podem desempenhar um valor acrescentado estratégico, no sentido de estimular uma competitividade criativa e positiva entre os espaços regionais, em matérias como a tecnologia, a inovação, o emprego e a qualificação, para lá das competências que tradicionalmente lhe estão prometidas;
11- Porque o Referendo de 1998 rejeitou um mapa de divisão regional, mas não rejeitou a Regionalização, como conceito e modelo de descentralização político-administrativa;
12- Porque a aplicação do princípio da subsidiariedade e da responsabilização política têm obtido sucesso sempre que aplicados;
13- Porque as relações políticas e económicas com as regiões fronteiriças espanholas, exigem uma resposta política de nível regional, e não uma interlocução desequilibrada por falta de interlocutores legitimados pela vontade do eleitorado;
14- Porque acreditamos ser desejável aprofundar os horizontes do sistema democrático concretizando o nível intermédio do poder político, representado pelas autarquias regionais, em plena complementaridade e conjunção de esforços e propósitos com as autarquias locais;
15- Porque entendemos que, passados nove anos sobre a última consulta popular a este respeito, é chegada a hora de voltar a ouvir os portugueses sobre a Regionalização
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Comentários
Anónimo VdA
Também concordamos com tudo o que foi escrito, mas, nesta altura e de acordo com a crise que o País atravessa, o Referendo está sem dúvida alguma fora de questão...não duvidem.
E a Regionalização está de tal maneira presente cada vez mais na mente dos Portugueses, para isso basta ver a nossa Página do HI5 que cresce de dia para dia e as opiniões lá colocadas, ninguém fala em Referendos!
Um abraço desta Equipa que está pronta a colaborar com o que for necessário.
Em 1975 o Dr. Mário Soares ouviu os seus apoiantes gritarem... " o povo não está com o MFA..."
Quem vai pagar os custos da regionalização?
As poupanças no funcionamento do governo, do parlamento e dos governos civis?
Ou mais um imposto lançado sobre o zé povinho, que trabalha por conta de outrem, incluindo os "mansinhos" dos aposentados?
Ou querem ter em Portugal, as cenas do Quénia, do Chade e de Moçambique? Ou de Paris...
Cautela e caldos de galinha...
Quer um conselho, apoie as 5 regiões administrativas sem referendo e vai ver que vai correr tudo muito bem, sem sobressaltos com muito juízo.
Anónimo VdA
Boa VdA.
Só que aquele pormenor da entrada na UE e do atraso que ainda temos, deve-se mais a uma virada à direita nas politicas..
não acha?
Anónimo VdA